Zelda Tears of The Kingdom – Reimaginando a Lenda (Análise)
Publicado em:
22/05/2023
Zelda Tears of the Kingdom trouxe novos mecanismos de gameplay, respostas aguardadas há anos pelos fãs e fatores cruciais para as próximas gerações de consoles.
A franquia TLoZ sempre foi um marco na indústria dos videogames por trazer novos pilares que sustentam como os jogos serão concebidos pelos próximos anos, fazendo com que os desenvolvedores sempre estejam antenados em tentar replicar sua engenharia de forma que faça jus ao seu antecessor.
Enredo – Um “novo” inimigo e a mitologia explicada
A história é um sequência direta dos acontecimentos de The Legend of Zelda: Breath of The Wild, onde a princesa Zelda, com sua sede de conhecimento continua desbravando as ruínas antigas de Hyrule, junto a Link para obter respostas sobre o passado do reino.
Em uma de suas pesquisas, no subsolo do castelo encontram um múmia presa a um braço flutuante, assim como foi apresentado teaser pré lançamento.
Após o despertar da figura sombria, Link é gravemente ferido comprometendo todas as suas habilidades, corações, stamina e até mesmo a Master Sword e Zelda desaparece misteriosamente.
Acordando depois dos acontecimentos, você se encontra em uma ilha no céu, descobrindo uma pincelada do que o título promete para o enredo e resquícios de uma mitologia citada brevemente em Breath of The Wild.
Zelda e Link precisarão ser fortes para enfrentar a nova ameaça
A construção de novos alicerces sobre a linha do tempo da franquia é cada vez mais nítida em cada capítulo presente dentro da narrativa criada no jogo, reapresentando outros personagens antes vistos no título anterior e trazendo novas figuras que serão lembradas pra sempre, criados com profundidade e que dão vida tanto ao mundo de Hyrule quanto a toda franquia.
Gameplay: A sincronia perfeita do mundo e suas novas habilidades.
Um dos materiais promocionais mais úteis que a Nintendo poderia ter feito para o lançamento desse título, foi o vídeo de apresentação das mecânicas nas mãos de Eiji Aonuma.
Uma grande surpresa para todos, foram as novas habilidades que estariam presentes e disponíveis ao jogador.
Ascend, Fuse, Recall e Ultrahand deram uma luz aos fãs que tinham medo de ter as mesmas experiências que tiveram ao jogar o título antecessor.
Só que ninguém imaginava o quanto isso seria impactante.
Ascend
O costume de utilizar as habilidades dos antigos campeões de Zelda Breath of The Wild facilitavam muito a exploração e o desenvolvimento da campanha, como a habilidade de subir distâncias verticais e escalar montanhas.
Que tal passar dentro delas? Ascend oferece a opção de atravessar os tetos de cavernas até chegar ao topo.
Não só os tetos de cavernas, como qualquer plataforma posicionada acima de Link.
Fuse
Uma das maiores reclamações dos jogadores no jogo de Zelda em 2017 era a durabilidade das armas, ou ainda a raridade de flechas elementais, que eram bem difíceis de serem acumuladas.
Isso ficou pra trás, a mecânica que basicamente funde itens transforma uma antiga arma enferrujada em cajado que dispara labaredas, apenas por usar uma Fire Fruit, ou um escudo pode explodir vários inimigos no impacto fundindo um barril explosivo.
Isso trouxe mais sentido aos acumuladores de recurso e diversas novas possibilidades de combate.
Recall
Agora você tem o tempo nas suas mãos, literalmente itens no cenário que estão seguindo uma trajetória, ao usar a habilidade, retornar a sua posição original.
Com bastante inventividade, as possibilidades são bem abrangentes e deixam a experiência mais crível e dá imersão mais profunda na jogabilidade, tanto nas batalhas quanto na exploração.
Ultrahand
Dentro das mecânicas a mais surpreendente de todas é a Ultrahand.
Trazendo um recurso Minecraft de ser, a magia utilizada de dá asas a imaginação e te permite carregar elementos do mapa e te permite colar suas partes umas nas outras, criando assim, soluções inteligentes e construções no mínimo curiosas.
Utilizando novos elementos e itens dispostos no título o céu é apenas a sua imaginação…
Dispositivos Zonai
Lança chamas, molas propulsoras, rodas, ventiladores… enfim, agora com a Ultrahand as invenções são infinitas!
Elementos dispostos pelos ancestrais de Hyrule, estão espalhados pelo mapa e te permitem atravessar o mapa e também serem utilizados em batalha.
E o melhor é que podem ser levados, de uma forma bem singular, dentro do seu bolso.
Uma nova, velha Hyrule
O medo de Zelda Tears of The Kingdom ser uma DLC, foi completamente destruído, a fórmula de sucesso, entregue antes, foi simplesmente sem exageros, triplicada.
Agora a divisão do mundo é feita em 3 níveis distintos, com seus próprios biomas e peculiaridades.
As ilhas celestes, apesar dos inimigos presentes, contempla um ambiente belo, calmo e com muitos recursos típicos dos Zonai, povo que ali vivia em tempos ancestrais.
Já Hyrule, contempla basicamente os mesmos ambientes conhecidos em Zelda Breath of The Wild, só que completamente ambientados a nova realidade que a trama entrega.
Locais reconstruídos após os eventos da Calamidade e destruídos após a volta do Rei Demônio Ganondorf, novos personagens presentes, lojas e inimigos reimaginados.
E a novidade que não foi apresentada de forma direta em nenhuma das divulgações, eram os Depths o subsolo de Hyrule, que é basicamente o mundo invertido.
Criaturas poderosas, em ambientes escuros que trazem ansiedade e ao mesmo tempo curiosidade genuína no jogador.
Os três cenários trazem um dos maiores mapas da história dos videogames, recheado de coisas para fazer, sem perder a qualidade visual que a direção artística da franquia sempre se propôs a entregar.
Um ponto a se tocar, e que de fato nos e muito dói o coração é ter que tirar pontos é a falta de localização das legendas para português brasileiro no jogo.
As legendas são uma parte essencial em um produto, e a falta delas compromete a experiência final para os jogadores que não dominam o idioma original em um jogo triplo A como é a franquia Zelda.
É lamentável constatar o descaso da Nintendo com o público brasileiro, uma vez que a inclusão de legendas em português seria uma maneira de atender às necessidades e expectativas dessa parcela de jogadores.
Enfim, a conclusão é que, em Zelda The Tears of the Kingdom os fãs apaixonados pela franquia são o Reino e as Lágrimas são representadas pela nossa emoção com a entrega primordial feita pela Nintendo e seus desenvolvedores.
Link, Zelda & Ganondorf: os detentores da Triforce.
Nota final: 98/100
Nossas cópias vieram da loja Trilogy Games: a melhor loja de games para quem é fã de Nintendo.
Mas e você? O que está achando de Zelda Tears? Deixe seu comentário e conta pra gente.
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